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Pesquisadores do Chaco usam casca de arroz para fazer tijolos cerâmicos

Saiba como foi que pesquisadores do Chaco usam casca de arroz para fazer tijolos cerâmicos, segundo eles é um produto mais resistente e com melhor aderência, veja mais detalhes na matéria exclusiva abaixo.

Pesquisadores do Chaco trabalham no aproveitamento da casca de arroz para a fabricação de tijolos cerâmicos. Eles buscam padronizar uma metodologia para obter materiais mais resistentes que um tijolo tradicional.

Com menor impacto ambiental, o grande objetivo é transferir conhecimento para pequenos produtores locais produzirem insumos mais resistentes.

O que buscamos é adaptar o processo produtivo que os oleiros tradicionais já utilizam para que seja viável de aplicação e, ao mesmo tempo, melhore as propriedades do material.

diz o doutor em Química Fernando Boothdiretor do projeto dentro do Instituto de Pesquisa em Processos Tecnológicos Avançados (INIPTA), que depende da Universidade Nacional do Chaco Austral (UNCAus) e do Conicet.

Segundo a pesquisadora, o uso da casca de arroz traz duplo benefício. Por um lado, A cinza desse material possui alto teor de sílica, o que pode melhorar as propriedades mecânicas dos tijolos.

Ainda estamos avaliando, mas as evidências sugerem que eles os tornam mais duros e resistentes à fratura”, ressalta.

Por outro lado, Permite-nos aproveitar resíduos que são gerados em grandes toneladas e que muitas vezes os produtores de arroz não sabem como tratar.

Na Argentina, a produção de arroz está concentrada nas províncias de Corrientes, Entre Ríos, Santa Fé, Formosa e Chaco.

Entre 2021 e 2022, o país cultivou 1,6 milhão de toneladas e aumentou a produção em mais de 120 por cento nos últimos dez anos.

Embora o consumo interno tenha aumentado, mais da metade da colheita é exportada: Brasil, Irã, Espanha, Haiti, Cuba e Senegal são os principais destinos.

Cinzas multifacetadas

O projeto surgiu da tese de doutorado de Belén Carranza, bolsista do Conicet, que estuda o utilização de cinzas de casca de arroz para geração de geopolímeros, compostos que podem ser utilizados como substitutos do cimento.

A primeira coisa que a equipe, formada pelos pesquisadores Nora Okulik e Mauro Acevedo, fez foi entrar em contato com um rizicultor da região para obter o insumo e analisar suas propriedades.

Desta forma, observaram que ao queimar a casca em condições controladas, pode-se obter uma cinza com estrutura amorfa que lhe confere diversas propriedades.

O processo é bastante semelhante ao de fabricação de um tijolo tradicional, que consiste na mistura de diferentes tipos de argila.

Porém, neste caso também é adicionada uma certa porcentagem de cinza de casca de arroz.. Para isso, primeiro a cinza é processada e depois incorporada ao adobe tradicional, que contém uma mistura de solo argiloso com um pouco de areia e agentes porogênicos.

Esses agentes são compostos orgânicos que quando o tijolo é queimado a 900 ou 1000 graus, queimam e deixam poros em sua estrutura.

O tijolo deve ter um certo grau de porosidade que dependerá do uso que se deseja dar. Esta propriedade é importante para que seja capaz de absorver água e, quando colocado em canteiro de obras, possa aderir bem à mistura..

Alguns agentes que podem ser utilizados são resíduos orgânicos como bagaço de cerveja e cotonete.

Ciência para o desenvolvimento

Até o momento, os pesquisadores testam diferentes composições com o objetivo de melhorar as propriedades mecânicas dos tijolos.

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Alguns dos parâmetros a avaliar são a densidade, porosidade e elasticidade do material. Em seguida, eles escolherão as melhores formulações para testar em escala real e verificar se as propriedades observadas em laboratório são mantidas.

“Controlar as condições num forno para três ou quatro tijolos não é a mesma coisa que num forno industrial para dez mil tijolos.

Por isso, Queremos que eles experimentem e nos contem o que aconteceu para eles, para que possamos fazer ajustes e melhorar o processo.” indica o pesquisador.

Neste aspecto, o projeto é pensado para que haja um feedback constante entre o conhecimento gerado na universidade e a experiência que as olarias possuem.

O financiamento vem da chamada de Projetos Federais de Inovação gerida pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Nação e pelo Conselho Federal de Ciência e Tecnologia.

E Também possuem convênio com o Prefeito da Presidência da Praça para ministrar treinamento às olarias locais. Saiba muito mais noticias atualizada em nosso Blog Rede das Dicas.

Thiago Silva

Olá, Muito prazer! Sou Thiago Silva um dos escritores deste blog, empresário, investidor e empreendedor.

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