Finanças

Taxas de juros futuras fecham em alta com ruído externo e fiscal

Você interesse futuro encerrou o pregão desta terça-feira (19) em alto firme, na sequência de um novo dia de aumento dos rendimentos (rendimentos) de títulos do Tesouro dos EUA (Tesouros) e outros títulos públicos globais.

O ambiente de pressão em mercadoriasbem como a cautela que prevalece nos mercados às vésperas de importantes decisões em política monetária mundo afora juntaram-se, no ambiente local, a ruídos sobre o objetivo de défice orçamental para 2024.

A taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) de janeiro de 2024 encerrou o dia em 12,27%, mesmo patamar do reajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 passou de 10,425% para 10,495%; o DI de janeiro de 2026 passou de 10,09% para 10,18%; e o DI de janeiro de 2027 saltou de 10,34% para 10,445%.

Enquanto os bancos centrais do Brasil, dos Estados Unidos, do Japão e da Inglaterra anunciam suas decisões de política monetária nos próximos dias.

Os agentes globais demonstraram uma dose relevante de cautela no pregão de hoje, aguardando os sinais que serão emitidos pelas autoridades para a trajetória de taxas de juros no curto prazo.

Entre receios de sinais duros por parte das decisões políticas, os preços das matérias-primas também recuperaram forte força nos últimos dias, aumentando os receios de que o processo desinflacionista global possa ser dificultado.

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Hoje, por exemplo, o petróleo atingiu os níveis mais elevados desde Novembro de 2022, com o barril de petróleo Brent a ultrapassar a marca dos $95 dólares.

Neste contexto, as taxas de juros globais subiram de forma constante nesta terça-feira, o que também se refletiu no cenário doméstico.

A taxa das notas do T de 2 anos saltou de 5,041% para 5,105% e a taxa das notas do T de 10 anos avançou de 4,309% para 4,364%. No continente europeu, o Bund alemão de 10 anos subiu de 2,711% para 2,742%.

A abertura das taxas de juros, foi recente muito mais acentuada devido a grande alta dos preços do petróleo e talvez por isso a uma grande tensão da pré-Fomc.

Com isso pressionou algumas volatilidade de juros no resto de todo mundo, principalmente no Brasil, diz o grande sócio e gestor da BlueLine Asset Management.

No momento, a gestora não vê oportunidades de manutenção de posições direcionais no mercado de juros dos EUA.

Mas faz sentido apostar na elevação das taxas do Tesouro como proteção às posições investidas [que ganham com a queda das taxas] em outras geografias.

Na BlueLine, as posições assumidas estão concentradas no Brasil, no Reino Unido e na África do Sul e são parcialmente equilibradas com as posições assumidas na região dos EUA a 10 anos.

Para o chefe de pesquisa para América Latina do BNP Paribas, Gustavo Arruda, o cenário em que a economia dos Estados Unidos não perca força — o chamado “no landing” — não é o mais provável, mas também não pode ser descartado .

Se se concretizar, poderão ocorrer impactos importantes na América Latina, especialmente no campo da política monetária.

Nesse caso, segundo Arruda, a discussão nos países latino-americanos se voltaria para o tamanho do orçamento para redução de juros dos bancos centrais da região.

 Vamos dizer que quanto mais baixo você consiga pegar a taxa de juros, em reais, se a taxa de juros dos estados unidos estiver em torno de 6% em dólares? Esse debate será bastante importante nos próximos trimestres”, aponta o economista.

Na visão de Arruda, o termômetro da balança nessa equação será por meio das moedas. “O equilíbrio será o câmbio.

Se os Bancos Centrais cortarem muito, poderemos ver as moedas perdendo valor. Já vimos alguns exemplos, como o do Chile, que cortou 100 pontos-base e depois precisou ajustar o ritmo para 75 pontos-base. pontos. “

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Neste ambiente de pressão sobre as taxas locais e globais, o Tesouro Nacional optou hoje por um leilão bastante reduzido. Foram ofertadas apenas 150 mil NTN-B com três vencimentos e 650 mil LFT com dois vencimentos.

A volatilidade do mercado de NTN-Bs tem cido muito ruim nessas últimas semanas, com certa a razão, o Tesouro tomou a mão para não adicionar mais volatilidade ao mercado.

Segundo ele, além do cenário externo, não houve nenhuma notícia nas últimas semanas que justifique um posicionamento maior ou qualquer gatilho para um movimento mais intenso no curto prazo.

“Então, na margem, o mercado vem piorando ou reduzindo um pouco o risco”, finaliza.

Outro fator que pressiona hoje as tarifas locais, segundo as operadoras, foram as informações que circularam sobre a possibilidade de mudança na meta fiscal do país para o ano de 2024.

Notícias apontaram que o relator do Projeto de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), deputado Danilo Forte (União-CE), afirmou que não está descartada uma mudança na meta de zerar o déficit das contas públicas no próximo ano.

Mais tarde, também segundo reportagens da imprensa, o governo negou que houvesse planos para alterar a meta primária do próximo ano.

Thiago Silva

Olá, Muito prazer! Sou Thiago Silva um dos escritores deste blog, empresário, investidor e empreendedor.

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